A obra “De Magia” de Giordano Bruno, escrita entre 1590 e 1591, é uma exploração profunda e complexa da magia como uma forma de conhecimento e uma ciência. A obra se destaca pela tentativa de sistematizar os princípios da magia, vendo-a não como um mero truque ou ilusionismo, mas como uma forma de sabedoria que conecta o homem ao cosmos. Bruno argumenta que a magia é uma disciplina que pode ser estudada e entendida através de princípios racionais e filosóficos.
O livro aborda a magia como um sistema simbólico que permite o acesso a conexões universais, combinando elementos filosóficos, místicos e até científicos. Bruno discute a relação entre a magia natural e a filosofia, explorando como fenômenos naturais ainda não explicados pela ciência da época poderiam ser compreendidos através de uma perspectiva mágica. Em “De Magia”, Bruno também trata da manipulação de imagens mentais e símbolos, que ele considera fundamentais para a arte da memória e para a prática mágica, antecipando algumas das tendências do pensamento contemporâneo em várias disciplinas.
Bruno é frequentemente citado por estudiosos da filosofia, ciências ocultas e história da ciência. Ele é visto como uma ponte entre a magia renascentista e a filosofia moderna, enfatizando a interconectividade do conhecimento.
“De Magia” é uma obra que oferece uma visão rica e multidimensional sobre a magia e a filosofia do Renascimento, refletindo a mente brilhante e controversa de Giordano Bruno.
Versão bilingue: Original em Latim e tradução moderna.
